Após quase um ano afastados das escolas, as crianças e adolescentes das redes pública e privada voltaram às aulas em fevereiro e logo no começo das atividades já enfrentaram nova paralisação temporária no começo de março, devido ao alto número de casos de Covid-19.
O novo cenário imposto pela pandemia do coronavírus traz desafios inéditos à dinâmica educacional. No caso da rede municipal, as escolas estão seguindo dois formatos de ensino: o formato híbrido (presencial + vídeo aulas da TV Escola Curitiba) ou remoto (vídeo aulas + kits pedagógicos).
Já na rede privada, as instituições têm seguido, em geral, o modelo híbrido, alternando as aulas presenciais entre as turmas e adotando rotinas extras de segurança. A autorização da volta às aulas foi assinada no começo do ano pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), pelo Decreto 6.637/2021.
Esse retorno foi muito esperado pelas famílias, pelas escolas e especialmente pelos alunos, que estavam ansiosos para reencontrar os amigos e retornar à rotina. Muitas instituições buscaram preparar os educadores para lidar com os desafios pedagógicos nessa fase. A professora e também assessora de teatro e eventos do Grupo Positivo, Rafaela Ricardo, comentou sobre os preparativos realizados na instituição. “Estávamos todos muito ansiosos por esse retorno. É um momento de muita alegria e muito cuidado também. Fomos muito bem treinados e as escolas se prepararam para este momento. Temos uma equipe médica que criou um protocolo de segurança, uma equipe de psicologia que nos auxilia em como lidar com angústias e ansiedades dos alunos. Seguimos adaptando atividades, formas de aprender e socializar, mas, estamos certos de que as crianças e jovens se beneficiarão muito com o retorno ao convívio social.”, explica Rafaela.
A volta às aulas tem sido muito bem vinda também entre os alunos menores. De acordo com a Diretora Administrativa da Cari Bambini Educação Infantil, localizada no Bairro São Braz em Curitiba, Jacqueline Ignácio Thomaz, o momento tem sido tem sido estimulante. “São muitos os cuidados necessários, além dos estipulados pela Secretaria de Estado da Educação, no protocolo de retorno às aulas presenciais, para crianças da educação infantil, mas nem por isso, se mostra um desafio para os pequenos. É muito gratificante ver, como crianças tão pequenas, são capazes de atender aos pedidos e se comportarem melhor que muitos adultos, em relação aos cuidados do protocolo”, comenta Jacqueline.
Protocolos de higienização e distanciamento garantem maior segurança entre os pequenos da Cari Bambini.
Paralelamente aos desafios pedagógicos, o foco primário é a necessidade de adotar novas rotinas que visem evitar a disseminação do vírus SARS-Cov-2. Embora existam protocolos bem definidos, o grande desafio é sua aplicação de forma ampla e rigorosa, afinal são milhares de estudantes retornando ao mesmo tempo e há o interesse de todos os envolvidos em realizar isso de forma segura e ordenada.
Orientações aos pais
Um dos aprendizados realizados pela comunidade médica no último ano é que as crianças tendem a se infectarem menos e também transmitirem com menor intensidade o vírus SARS-Cov-2. Elas também sofrem sensivelmente menos os efeitos da Covid-19. Nesse sentido, a transmissão entre os alunos tende a ser menor do que entre os adultos, por exemplo. Em casa, o convívio familiar também expõe as crianças, já que ninguém usa máscara no ambiente familiar, ampliando o risco de um possível contágio externo.
“Muitos pais estão preocupados com o que a escola vai fazer, mas esquecem que também são agentes responsáveis pela segurança dos filhos nesse tema. Por isso, mantém-se a importância dos dispositivos preventivos, que são o uso de máscara nos ambientes ‘out of home’, higienização constante das mãos e distanciamento social.”, reforça o infectologista clínico e Diretor Médico do LabCK, o doutor Ricardo Kosop.
Orientações aos educadores e instituições
As instituições de ensino têm realizado esforços consistentes para oferecer um ambiente seguro aos alunos e profissionais. No caso da rede pública, as escolas seguem um protocolo elaborado por integrantes de diversas áreas e validado pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal de Saúde.
Já no caso da rede particular, as instituições têm montado comitês formados por profissionais da área de saúde (médicos do trabalho, por exemplo) ou ainda buscado apoio de redes particulares de saúde para elaboração dos seus protocolos. Entre as ações adotadas estão práticas como cordões de isolamento na fila de entrada, horário escalonado para entrada dos alunos, dispensers de álcool gel pelos ambientes, controle dos horários de recreio, janelas abertas em tempo integral, entre outros.
Testagem para Covid-19 se apresenta como uma forma fundamental de prevenção e monitoramento.
Além dessas medidas preventivas, a principal arma no combate à pandemia é a combinação testagem/vacinação. Conforme a população for sendo imunizada, os riscos naturalmente serão reduzidos. Já a testagem tem aplicação tanto na prevenção, quanto no monitoramento.
“Além de testar prontamente tanto alunos quanto colaboradores que estejam sintomáticos - uma sugestão de rotina que pode ser acrescentada aos protocolos é a testagem de todos os colaboradores/professores mensalmente com anticorpos para checar a soroconversão assintomática”, comenta o Dr. Ricardo Kosop. “Assim, o grau de exposição da equipe à Covid-19 é avaliado periodicamente e auxilia, inclusive, a identificar setores da escola que estejam mais vulneráveis, mas que não foram considerados como críticos no planejamento feito antes da reabertura”.
Essa é uma forma de avaliar os níveis de anticorpos relacionados à Covid-19 nos profissionais. Mesmo aqueles que já tiveram a doença devem ser observados, pois os estudos apontam que a imunidade adquirida no desenvolvimento da doença dura, em média, de 5 a 8 meses. Por isso, é importante fazer o acompanhamento. Os diversos nomes dos exames podem causar confusão, por isso o LabCK elaborou um conteúdo especial sobre as diferentes aplicações de cada teste de Covid-19 disponível.
Atenção redobrada para os vírus além da Covid-19
Dr. Ricardo Kosop também pontua que os demais vírus respiratórios voltarão a circular agora que as crianças retornaram as aulas. “Tenho um exemplo em casa, minha filha de 3 anos retornou à escola e com 7 dias de convivência escolar ela pegou um resfriado, testamos Covid-19 e deu negativo, com certeza é outro vírus de resfriado comum que já está voltando a circular agora que a criançada está toda junta”, comenta.
“A pandemia do Covid-19 nos trouxe uma importante lembrança, mais do que nunca é importante fazer o diagnóstico etiológico das infecções respiratórias, ou seja, qual o vírus ou qual a bactéria que está causando a doença.”, alerta o Dr. Ricardo. Para tanto, o LabCK conta com exames chamados “painéis respiratórios”, para demais doenças como o Vírus Sincicial Respiratório, Adenovírus e Influenza A e B, estes últimos frequentemente presentes no inverno Curitibano.
O infectologista, Dr. Ricardo Kosop, explica o que é o exame “Painéis Respiratórios”.
LabCK oferece suporte diagnóstico para instituições de ensino
O Laboratório Caboracy Kosop conta com uma Assessoria Médica e Científica para prestar suporte às escolas a respeito dos testes de Covid-19 (e também de outros exames relacionados ao check-up pós Covid-19 ou às demais doenças respiratórias que voltarão a circular com a retomada das atividades), além de realizar sem nenhum custo adicional a elaboração de protocolos adicionais de testagem em parceria com as instituições, visando incrementar o grau de segurança.
O LabCK também disponibiliza o serviço de Coleta Móvel para Curitiba e Região Metropolitana, podendo ser agendado inclusive aos finais de semana. Os exames podem ser realizados na própria instituição de ensino, aumentando a eficiência no processo e garantindo maior agilidade nos resultados.
Em caso de dúvidas sobre os exames, as escolas podem entrar em contato com a Assessoria Médica e Científica do LabCK pelo whatsapp (41) 9877-8334.
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